A greve unificada dos servidores públicos no RS, com SINDSEPE/RS, SINDICAIXA, SINTERGS, AFAGRO, AGEFA e ASSAGRA, realizou na sexta-feira,30, ato em frente ao Hospital Psiquiátrico São Pedro. A atividade contou com bandeiraço, apitaço e comunicação direta dos servidores públicos com a comunidade da Zona Leste de Porto Alegre, além de distribuição de adesivos e panfletos, informando a sociedade sobre os ataques que a oferta dos serviços públicos gratuitos à população vem sofrendo ao longo dos anos.
Carolina Brandt, servidora do quadro da saúde, ressaltou a importância do ato devido à união das categorias e à troca de informações com a população. “Essa troca que nos permite conversar com a população, entregar os panfletos e comunicar a importância do nosso serviço, é essencial porque a extensão do nosso trabalho é muitas vezes desconhecida, o tamanho do SUS é também muitas vezes desconhecido, então, estamos aqui para dar visibilidade ao papel dos servidores e das servidoras, mas também para mostrar a situação real pela qual estamos passando e conscientizar sobre o que está acontecendo”, afirmou.
Antonio Augusto Medeiros, presidente da AFAGRO-RS, destacou que o espaço onde o ato também é de extrema relevância, já que a saúde mental é uma das áreas do serviço público que sempre precisa de constante valorização e notabilidade “A gente está rompendo a bolha e conseguindo se comunicar com a população. Das últimas greves que eu participei, essa é a maior e tem uma adesão muito grande dos servidores da saúde, não só aqui em Porto Alegre, mas também no interior. Nós vamos resistir até a retirada do pacote da morte que acaba com os serviços públicos no Estado do Rio Grande do Sul”, declarou.
Elsa Roso, diretora do SINDSEPE/RS, afirmou que o ato em frente ao Hospital Psiquiátrico São Pedro, por ter sido realizado na periferia de Porto Alegre, dialoga diretamente com a população que usa os serviços públicos e também parte de uma localidade onde os colegas servidores públicos residem. Elsa comentou que a presença de inúmeros servidores de diferentes secretarias do estado participando e dando corpo ao ato, demonstra a força, a unidade e e a grande adesão que esta greve está tendo, tanto na região metropolitana quanto no interior. “O balanço da greve é excelente porque a expectativa é que a primeira semana seria ainda muito de convencimento entre os colegas e isso não está acontecendo, a greve já começou a todo o vapor e, no meio da semana, a atingimos quase 70% de adesão, pensávamos que essa adesão só se daria na semana que vem, então, a semana que vem será a de consolidação da greve”, disse.
Rodrigo Marques, Secretário Geral da ASSAGRA-RS, afirmou que a realizar um ato em frente ao Hospital Psiquiátrico São Pedro é muito importante para dar visibilidade ao movimento grevista dos servidores públicos, porque a grande mídia não mostra. “As pessoas escutam na televisão e no rádio notícias da greve dos professores, que cresce a cada dia, e não menciona a greve das outras categorias que estão unificadas nesta luta. A saúde, por exemplo, com muito peso: temos o Hospital Psiquiátrico São Pedro (HPSP), o Hemocentro (HEMORGS), muitas Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS) e também os fiscais agropecuários, técnicos agrícolas e agentes administrativos paralisaram suas atividades no interior”.
O Secretário Geral do SINDICAIXA-RS, Miguel Chagas, ressalta a importância do diálogo com a população. “Hoje nós estamos aqui em frente ao Hospital Psiquiátrico São Pedro (HPSP), local onde a população mais carente é atendida, para entrar em contato com a sociedade e informá-los sobre os impactos no pacote da morte não só para os servidores, mas também para quem recebe os serviços”. Quando questionado sobre o andamento da greve, Miguel não hesitou em elogiar a força dos primeiros dias de paralisação. “Os servidores públicos estão entendendo que o ataque promovido por Eduardo Leite (PSDB) e o seu pacote da morte resulta em prejuízo imensurável, então, a consciência deste povo despertou e as pessoas estão conscientes da importância da nossa greve”, concluiu.
Edição: Marcos Corbari