A Medida Provisoria 905, publicada no Diário Oficial da União do dia 12 de novembro, integra o programa Verde Amarelo do governo de Jair Bolsonaro e tem como objetivo revogar a obrigatoriedade do registro para atuação profissional de diversas categorias, entre elas a dos jornalistas e dos radialistas. Diante disso, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS (Sindjors), em conjunto com o Sindicato dos Radialistas, realiza nesta quinta-feira (21) uma assembleia com a finalidade de unificar as categorias na luta pela defesa das profissões. A atividade será realizada na sede dos Sindicatos dos Radialistas, na Rua Barão do Tefé, 252, bairro Menino Deus, Porto Alegre.
Em relação aos jornalistas, a MP ainda acaba com a exigência legal de diploma de jornalismo para o exercício de algumas funções. “Precisamos nos opor a mais esse ataque do governo federal ao jornalismo e a nossa profissão. Juntos, vamos impedir mais esse retrocesso, defender a atividade profissional de jornalista e de radialista e o direito da sociedade à informação de qualidade”, destaca em nota o Sindjors.
Para a presidenta da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Maria José Braga, junto ao fim da obrigatoriedade do diploma, extinto em 2009 pelo Supremo Tribunal Federal, o fim da exigência do registro precariza ainda mais a profissão. “Com essa MP, o presidente Bolsonaro confirma suas ações deliberadas para atacar o jornalismo profissional, e somente a demonstração pública e organizada de contrariedade a essa medida por parte dos jornalistas pode mudar esse cenário”, ressalta.
Assim como no RS, plenárias similares vão ocorrer no mesmo dia e horário em todos os estados e no Distrito Federal.
Além de jornalistas e radialistas e MP acaba também com o registro publicitários, químicos, arquivistas e até guardador e lavador de veículos, entre outras profissões.
* Com informações Imprensa Sindjors e FENAJ
Edição: Marcelo Ferreira