Após o Supremo Tribunal Federal mudar o entendimento que permitia prisão após condenações em segunda instância, centrais sindicais e movimentos sociais promovem, nesta sexta-feira (08), uma grande mobilização em Porto Alegre por sua solta imediata. O ato terá concentração no Largo Glênio Peres, centro da capital, às 17h, seguida de caminhada até o ato no Largo Zumbi dos Palmares.
“Chamamos os trabalhadores e as trabalhadoras, dirigentes sindicais e militantes dos movimentos que integram as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo para tomar as ruas com as suas bandeiras, a fim de exigir a liberdade de Lula para reacender a esperança do povo brasileiro”, afirma o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo.
O pedido de liberdade já foi protocolado, informou o advogado Cristiano Zanin, responsável pela defesa de Lula. “Não há respaldo jurídico para manter o ex-presidente preso por uma hora sequer. Não há e jamais houve esse respaldo. Agora, sobretudo após o julgamento de ontem da Suprema Corte, não existe nada para manter o ex-presidente preso”, disse.
Em nota, a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) avaliou que “ao atestar a constitucionalidade do dispositivo, o STF considerou ilegal a prisão após o julgamento em segunda instância, uma vez que sem o trânsito em julgado, não se aplica pena sobre quem ainda não é culpado”.
A defesa afirma que o resultado do julgamento do STF mostrou que a prisão do ex-presidente foi ilegal e reiterou que ele é vítima de perseguição política.
O clima é de alegria e expectativa nas ruas do Brasil. Na Vigília Lula Livre, em Curitiba (PR), uma multidão se encontra em frente à sede da Superintendência da Polícia Federal, aguardando a saída de Lula da prisão. Confira transmissão ao vivo direto de lá:
Leia o pedido protocolado pela defesa de Lula.
Edição: Marcelo Ferreira