O governo Eduardo Leite (PSDB) não atendeu o pedido de uma audiência feito pelas centrais sindicais do Rio Grande do Sul para discutir o reajuste do salário mínimo regional em 2020. Conforme nota da Central Única dos Trabalhadores do RS (CUT-RS), o gabinete do governador encaminhou uma resposta às centrais, alegando que “não será possível concretizar o encontro”.
Consta na mensagem que a equipe do governo está dedica à elaboração dos projetos de reforma estrutural do estado, o que exige dedicação quase exclusiva, inclusive do governador. “Pedimos a gentileza de retomar o contato após o período de votações destas matérias”, conclui diz o texto.
O presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, ficou indignado com a resposta, afirmando que trata-se de “um tremendo descaso do governo ao atacar os servidores públicos e abandonar cerca de 1,5 milhão de trabalhadores e trabalhadoras que recebem o chamado piso regional". Atualmente, as cinco faixas variam de R$ 1.237,15 a R$ 1.567,81.
Nespolo ressalta que, “enquanto vira as costas para as centrais”, Eduardo Leite se encontrou nesta quarta-feira (30) com o empresário Luciano Huck, em São Paulo, durante seminário promovido pelo jornal O Estado de S.Paulo. Segundo a coluna da jornalista Rosane de Oliveira, da Zero Hora, o apresentador “já visitou Leite no Piratini e tem participado de eventos com o governador gaúcho – entre eles, uma viagem para Singapura, em setembro”.
“Se o Leite só tem tempo para preparar maldades contra o funcionalismo e bajular o futuro candidato a presidente da Globo e do PSDB, que apoiou as reformas trabalhista e da Previdência, nós temos que fortalecer a luta da Frente dos Servidores Públicos, que vai realizar um grande ato unificado contra os ataques do governo no próximo dia 14 de novembro, em Porto Alegre, onde vamos denunciar também o descaso com o mínimo regional”, aponta o dirigente da CUT-RS.
Edição: Marcelo Ferreira