A fotógrafa Eneida Serrano será a ministrante do Ciclo de Palestras sobre Fotografia, no próximo sábado (26/10), a partir das 9h30. O tema será Técnicas Fotográficas e Artísticas e, para ilustrar, uma mostra do trabalho coletivo de cem fotógrafos, registrando o Brasil por cerca de 20 anos.
O evento será realizado na sede do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul – Sindjors, Rua dos Andradas, 1270, 13º andar – Centro Histórico de Porto Alegre. As vagas são limitadas e interessados/as podem confirmar presença pelo fone (51) 32260664 (até sexta-feira), das 12h às 18h.
A palestrante também vai abordar algumas alternativas de fotojornalismo independente, por meio de uma revisão retrospectiva do próprio trabalho: a pesquisa sobre fotógrafos pioneiros como Lunara (Luiz do Nascimento Ramos) e Sioma Breitman; a edição de livros autorais, como Santa Soja e Ponto de Vista; a documentação do patrimônio histórico gaúcho e o fotojornalismo das revistas semanais e mensais, “como ponto de partida para meu trabalho autoral independente”.
Pela lente do celular
Eneida Serrano tem usado, desde 2003, a câmera do telefone celular para desenvolver a maior parte do trabalho autoral. Ela conta que adotou o celular como mais uma ferramenta para fotografar, “com suas vantagens e também as suas limitações”. Quando é mais conveniente usar o telefone, ela está com ele, mas quando precisa de mais recursos, usa o equipamento profissional. E, às vezes, ela faz uso dos dois, no mesmo trabalho.
“Tenho fotografado com mais frequência, porque estou sempre com o celular. Ver e registrar é um exercício constante, que se desenvolve com a prática. É um estímulo ilimitado e prazeroso”, explica Eneida, para quem, o trabalho com celular resultou na exposição Londres Por Telefone.
Ao ser questionada sobre a busca pela luz e a diferença entre o uso dos diversos equipamentos, conta que “a luz que eu vejo e que fotografo pode ser valorizada por qualquer câmera. É preciso saber como tirar proveito das ferramentas que temos disponíveis. Desisti de enfatizar que determinada foto foi feita com celular ou não. É apenas mais uma câmera. O que realmente interessa é como a imagem foi vista e representada”, observa a jornalista.
Trajetória
Graduada em Jornalismo, pela UFRGS, em 1974, Eneida iniciou a carreira profissional no jornal Zero Hora. Nos anos seguintes, além de colaborar para jornais nacionais, trabalhou na Cooperativa dos Jornalistas de Porto Alegre- COOJORNAL. Em 1978, abriu a agência Ponto de Vista. Viveu no exterior, entre 1979 e 1981, e, no retorno, trabalhou nas revistas Veja e Isto É, e colaborou com as revistas Marie Claire e Cláudia. Também participou de exposições coletivas no Brasil e no exterior.
Será fornecido certificado digital aos participantes, valendo como horas complementares aos acadêmicos.
Edição: Marcelo Ferreira