O livro "Estado Policial, como sobreviver", de autoria do jornalista Cid Benjamin, vice-presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), será lançado em Porto Alegre na quinta-feira, dia 16 de outubro, numa palestra promovida pela Associação dos Servidores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Assufrgs) no Salão de Atos II da Reitoria da UFRGS. No dia seguinte (17), numa solenidade promovida pelo Movimento de Justiça e Direitos Humanos (MJDH) e Associação Riograndense de Imprensa (ARI), o livro será apresentado aos jornalistas gaúchos.
A obra, editada pela Civilização Brasileira, versa sobre a atuação das polícias no Brasil, faz uma crítica à forma como atuam e recomenda meios e dicas práticas de proteção, em especial para ativistas dos movimentos populares e defensores dos Direitos Humanos. Nela o autor descreve os mecanismos de repressão política dos anos 1960 e 1970, semelhante aos das atuais milícias, como suas ramificações em órgãos policiais. Além disso, relata as estratégias usadas pelos militantes para resistir durante os anos de chumbo.
No livro são abordados temas como: atentados, criminalização do movimento popular e de organizações de esquerda; expansão das milícias; medidas de proteção; internet, celulares computadores, notebooks, tablets; câmeras, microfones e outros mecanismos de vigilância; infiltrações policiais; ditadura aberta; evolução da repressão.
Cid Benjamim foi líder estudantil na década de 1960 e dirigente do MR-8 na resistência armada à ditadura. Viveu o movimento das massas, a clandestinidade, a prisão e a tortura. Com a abertura, participou da fundação do PT e do PSOL. Completa 70 anos dia 26 deste mês, é jornalista e político. Ativista político nas décadas de 70 e 80, atuou na luta armada, foi preso pela ditadura. Desse período, escreveu em 2013 o livro "Gracias a la vida: memórias de um militante", (Rio de Janeiro, José Olympio).
Edição: Marcelo Ferreira