Rio Grande do Sul

MEIO AMBIENTE

Senge repudia urgência na tramitação do novo Código Estadual do Meio Ambiente do RS

Sindicato dos Engenheiros pede que governador Eduardo Leite retire regime de urgência para que sociedade possa debater

Brasil de Fato | Porto Alegre (RS) |
Regime de urgência obriga que o Legislativo vote o projeto em um prazo de 30 dias, sob pena de trancar a pauta da casa
Regime de urgência obriga que o Legislativo vote o projeto em um prazo de 30 dias, sob pena de trancar a pauta da casa - Divulgação

Encaminhado em regime de urgência para a Assembleia Legislativa no dia 27 de setembro, o novo Código Estadual do Meio Ambiente proposto em pelo governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB) é visto com gravidade pelo Sindicato dos Engenheiros no Rio Grande do Sul (SENGE-RS). O PL 431/2019 prevê a alteração de 480 pontos da legislação em vigor. Retira, inclui e muda pontos como licenciamento ambiental, áreas de proteção permanente, unidades de conservação, fiscalização, aplicação de multas, entre outros.

Em nota assinada por Alexandre Mendes Wollmann, diretor-presidente do SENGE-RS, o sindicato repudia a tramitação acelerada do projeto, que não vai oferecer “o imprescindível tempo para colher todos os subsídios indispensáveis para contemplar propostas de mudanças que não venham a comprometer a necessária preservação ambiental em nosso Estado”. O regime de urgência obriga que o Legislativo vote o projeto em um prazo de 30 dias, sob pena de trancar a pauta da casa.

Confira a nota na íntegra:

O Sindicato dos Engenheiros no Rio Grande do Sul (SENGE-RS) vem a público manifestar repúdio à iniciativa do governo do Estado que, ao encaminhar à Assembleia Legislativa o PL 431/2019 que institui o novo Código Estadual do Meio Ambiente, propôs que a tramitação ocorra em regime de urgência.

Considerando tanto a complexidade quanto a interdisciplinaridade que caracterizam a matéria, e ainda seus reflexos em todas as atividades produtivas, o SENGE-RS alerta que o regime de urgência não oferecerá à tramitação o imprescindível tempo para colher todos os subsídios indispensáveis para contemplar propostas de mudanças que não venham a comprometer a necessária preservação ambiental em nosso Estado.

Neste sentido, o Sindicato defende que a inciativa de formulação de um novo Código Ambiental para o Rio Grande do Sul, seja amplamente discutida por toda a sociedade, com destaque para a participação dos quadros técnicos e entidades representativas, onde prevaleça a transparência, o espírito público e o conhecimento acumulado com pioneirismo ao longo de décadas em nosso Estado.

Apelamos ao senhor governador para que retire o regime de urgência em matéria de tamanha relevância.

Porto Alegre, 08 de outubro de 2019.

Alexandre Mendes Wollmann

Diretor-presidente do SENGE-RS

Edição: Marcelo Ferreira