Diversas entidades estudantis realizaram no fim da tarde desta sexta-feira (13), em Porto Alegre, um ato em defesa da Amazônia e contra os cortes promovidos na educação pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL). Essa manifestação foi chamada originalmente para o último sábado para marcar o 7 de setembro, mas foi adiada por causa da chuva que caiu em Porto Alegre naquele dia — ainda assim reuniu milhares de pessoas na Redenção.
Com um público menor do que no sábado, os estudantes revezaram falas e músicas para denunciar não apenas os cortes, mas também o impacto do teto dos gastos, que entrou em vigor no governo federal em 2017, na educação, além das medidas de fechamentos de turmas e de sucateamento da educação que eles acusam os governos de Eduardo Leite (PSDB) e Nelson Marchezan Júnior (PSDB) de estarem promovendo a nível estadual e municipal, respectivamente.
Convocado por entidades como UEE (União Estadual dos Estudantes), Uges (União Gaúcha dos Estudantes), Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), Umespa (União Metropolitana dos Estudantes Secundários de Porto Alegre), UNE (União Nacional dos Estudantes), UJS (União da Juventude Socialista) e Juntos, o ato desta sexta teve início às 17h na Esquina Democrática. Em seus cantos, os estudantes revezavam palavras de ordem como “Sou estudante, não abro mão, de mais ciência e mais educação” e “Sou estudante, não abro mão, da Amazônia e da educação”, entre outras. Chamou a atenção no ato a distribuição de bandeiras do Brasil e o fato de que uma grande bandeira foi estendida na Esquina Democrática, algo que não era costumeiro nos atos anteriores de estudantes em Porto Alegre.
Por volta das 18h20, os jovens partiram em caminhada em direção ao Largo Zumbi dos Palmares, também no Centro. Na primeira fila um grupo carregava imagens de capas de livros, também para denunciar a censura imposta à última Bienal do Livro. Entre os autores destacados, o educador Paulo Freire, um dos alvos preferenciais dos seguidores de Bolsonaro.
Edição: Sul 21