Jair Bolsonaro (PSL) reclamou, nesta segunda-feira (12), da vitória da chapa de Alberto Fernández e Cristina Kirchner nas primárias da Argentina. O resultado sinalizou para a possível derrota de Mauricio Macri, aliado do brasileiro.
Em visita a Pelotas (RS), durante evento para inaugurar 47 km de duplicação da BR-116, Bolsonaro declarou, em tom de ameaça.
“Não esqueçam que, mais ao Sul, na Argentina, o que aconteceu nas eleições de ontem. A turma da Cristina Kirchner, que é a mesma de Dilma Rousseff, que é a mesma de Hugo Chávez, de Fidel Castro, deu sinal de vida aqui. Povo gaúcho, se essa esquerdalha voltar aqui na Argentina, nós poderemos ter no Rio Grande do Sul um novo estado de Roraima”, afirmou.
“Vocês (gaúchos) podem correr o risco de, ao ter uma catástrofe econômica lá, como teve na Venezuela, ter uma invasão da Argentina aqui. Não queremos isso para nossos irmãos”, disse.
Roraima recebeu muitos venezuelanos, em função da crise econômica. São 32 mil refugiados vivendo em Boa Vista, a capital.
“Meio contundente”
O vice-presidente Hamilton Mourão, por sua vez, avaliou que Maurício Macri sofreu uma derrota “meio contundente” e que o governo brasileiro deve dialogar com Alberto Fernández, caso ele vença a eleição de outubro.
Em conversa com a Folha de S.Paulo, o general disse que a economia argentina “não está bem” e que a população optou pela mudança nas primárias presidenciais. “A economia do país não está bem. As pessoas querem mudança, né. E aí houve a mudança. Eu acho que a derrota do Macri foi meio contundente”, disse.
Edição: Revista Fórum