A Feira Ecológica da Redenção, que há 30 anos comercializa alimentos orgânicos na Avenida José Bonifácio, em Porto Alegre, proporcionando a comercialização direta entre produtores e consumidores, foi reconhecida como de relevante interesse cultural do Estado do Rio Grande do Sul. O Projeto de Lei 416/2015, do deputado Edegar Pretto (PT), que reconhece e fortalece a cultura das feiras ecológicas e o trabalho na produção de alimentos sem o uso de agrotóxicos, foi sancionado em ato realizado nessa quarta-feira (26), no Palácio Piraniti.
O reconhecimento da feira como de relevante interesse cultural do Estado serve para estimular a cultura em suas múltiplas manifestações, permitindo que os governos municipal, estadual e federal possam apoiar, investir e incentivar a produção e a difusão de manifestações culturais no espaço. A Feira Ecológica da Redenção foi a primeira feira de agricultores ecológicos do país, e é considerada a maior da feira ecológica a céu aberto da América Latina. Atualmente, as duas quadras onde funciona a feira somam 138 bancas e mais de 300 pessoas na venda direta, todas com produtos 100% orgânicos e certificados. Seu modelo inspirou outros locais a também implantarem feiras semelhantes. Somente em Porto Alegre são cerca de 35 feiras orgânicas que funcionam todas as semanas em diversos pontos da capital.
“Essa lei é uma forma de homenagear, em nome do Parlamento, os feirantes que, com tanto sacrifício, há tantos anos, sonharam que era possível se viabilizar economicamente e transformar a feira ecológica nesse espaço nobre de Porto Alegre, onde se encontram produtores e consumidores. Essa é a agricultura de precisão, que respeita o meio ambiente, que respeita a terra, não só suga, retira, mas devolve a ela os cuidados que ela precisa ter, e ainda garante aos milhares de consumidores que ali se abastecem alimentação que é sinônimo de saúde, e não doença”, destacou Edgar Pretto durante o de oficialização.
“A sanção ajuda a consolidar uma marca, um selo. O efeito que tem um projeto consagrado pelos deputados e sancionado como lei reconhece a relevância que adquiriu uma iniciativa, e que pode ter ainda mais benefícios na medida em que está declarada como de interesse do ponto de vista cultural, ajudando a melhorar políticas públicas que deem o devido valor às pessoas que se engajam nessas lutas”, explicou o governador do Estado.
Na solenidade de assinatura a Associação Agroecológica (que hoje faz a gestão anteriormente realizada pela Coolmeia) foi representada pela sua vice coordenadora Franciele Bellé. A FAE também esteve presente através da Marcia Riva, pela comissão da feira, e do agricultor Jeferson Pontel, da Aecia. Representando a FEBF estiveram os feirantes Rafael Hilário, Shiva Ruiz Tagle Braga, Henrique Oliveira Strehl e Paulo Sergio Ludwig.
* Com informações da Página da Associação Agroecológica e da Agência de Notícias da Assembleia Legislativa
Edição: Marcelo Ferreira