Na noite dessa segunda-feira (10), representantes de diversas categorias profissionais do Rio Grande do Sul, entre elas, professores e funcionários de escolas estaduais, vigilantes, metroviários, trabalhadores da Justiça Federal, bancários, e também estudantes, realizaram a última plenária para acertar os detalhes finais da Greve Geral dessa sexta-feira. O ato que terá início na madrugada do dia 14, culminará em uma grande manifestação no centro de Porto Alegre, às 17 horas. Em todas as falas foi destacada a união de todos os movimentos em torno da luta contra a reforma da Previdência do governo de Jair Bolsonaro e demais ataques aos direitos trabalhistas, sociais e os cortes na educação.
Na abertura da plenária, o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, destacou o clima satisfatório da mobilização em diversas cidades do Estado. “Não identificamos nenhuma cidade que esteja andando de lado ou que não tenha incorporado o dia 14 como um dia muito importante para derrotamos o projeto que está ai”. Para o presidente da CTB-RS, Guiomar Vidor, é através da construção da unidade, da construção fraterna que se fará um grande movimento.
Estudantes e juventude somados à luta
Em suas manifestações os estudantes e representantes da juventude reafirmaram sua adesão à greve geral. Nas falas destacaram o sucesso dos atos dos dias 15 e 30 de maio.
Ao relembrar os dois grandes atos de maio, Fabíola Louguercio, presidenta da União da Juventude Socialista (UJS), reforçou a importância da unificação da participação dos estudantes, das centrais e dos movimentos sociais como um todo. “É importante nesse momento para barrar esses ataques que estão sendo impostos às universidades, mas também a reforma da Previdência, os ataques aos direitos trabalhistas”.
“Estamos nos preparando e organizando para construir essa greve ao lado dos trabalhadores, mobilizando a juventude para estar a disposição dessa grande mobilização. Construímos grandes atos nos dias 15 e 30. Estamos certos que não adianta só construir um grande ato no final do dia”, frisou Filipe Eich, presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE-RS), ao confirmar a presença dos estudantes durante todo o dia de mobilização. “Vamos estar somando nessa mobilização desde cedo”, afirma
“Sabemos que a Previdência é um pouquinho difícil de chegar na juventude, que não está muito convencida, mas seguimos esse exercício de diálogo e debate”, expõe Jéssica da Silva, do Levante Popular da Juventude. De acordo com ela, os atos dos dias 15 e 30 foram fundamentais para se chegar perto dos jovens e trazê-los para a rua e “apontar a greve geral do dia 14 em defesa da Previdência, do futuro dos jovens e do presente dos trabalhadores e trabalhadoras”. “A saída para os diversos ataques que estamos vivendo só pode ser coletiva, só pode passar pela ampliação da nossa força social em todas as categorias da classe trabalhadora, estudantes”, finaliza.
Coletiva de imprensa
Diariamente, dirigentes das centrais e dos movimentos sociais estão se reunindo para organizar as atividades e preparar a greve geral.
Nesta quarta-feira (12), às 11h, será concedida uma entrevista coletiva para a imprensa, na sede da Fecosul (Rua dos Andradas, 943 – 7º andar), a fim de divulgar como será a greve geral no Estado e ressaltar os motivos que levaram a deflagração do movimento.
Confira algumas categorias que já aderiram, conforme levantamento das centrais:
- CPERS Sindicato (professores e funcionários de escolas estaduais);
- Sindimetrô (metroviários do Trensurb)
- Assufrgs (funcionários administrativos da UFRGS);
- Senergisul (eletricitários);
- Sindipetro-RS (petroleiros);
- Sindsepe-RS (servidores estaduais);
- Sintrajufe-RS (trabalhadores da Justiça Federal);
- Sindisprev-RS (trabalhadores da Previdência)
Assista à transmissão feita pela Rede Soberania no final da plenária!
*Com informações da CUT/RS
Edição: Katia Marko