Quando se fala de mineração no Rio Grande do Sul, dois números causam impacto: 5.192 e 166. O primeiro deles, 5.192, é o total de requerimentos de autorização de pesquisa mineral já encaminhados ao Departamento Nacional de Produção Mineral, o DNPM, visando o subsolo gaúcho. O segundo, 166, é soma de projetos de mineração que já superaram essa fase inicial. Deles, quatro estão bem mais adiantados. Atrás dos números está uma nova realidade que divide e assusta o Estado: o avanço das mineradoras.
“A chegada dessa mineração a todo vapor ocorre justamente quando há governos totalmente inimigos do meio ambiente”, questiona o biólogo Francisco Milanez. “Elas (as mineradoras) vêem o Sul como a nova fronteira da mineração no Brasil”, descreve Michele Ramos, do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM). O problema está no custo social e ambiental da novidade.
Os quatro projetos são o da Mina Guaíba em Charqueadas e Eldorado do Sul, para mineração de carvão; o de Retiro, em São José do Norte, para extração de titânio; o Três Estradas, em Lavras do Sul, para exploração de fosfato e o de Caçapava do Sul para mineração de cobre, zinco e outros minerais.
Saiba mais sobre o tema na série de reportagens:
- “As mineradoras se associam com os piores piratas da humanidade”
- Sem audiência e sem notícia, Porto Alegre sofrerá impacto com a chegada do carvão
- Titânio no Sul; zinco, chumbo, cobre e fosfato na Campanha
Edição: Marcelo Ferreira