Rio Grande do Sul

RUMO À GREVE

Centrais Sindicais gaúchas avançam na articulação da greve geral do dia 14

Grupo define encaminhamentos para mobilização e adesão contra a reforma da Previdência do governo Bolsonaro

Brasil de Fato | Porto Alegre (RS) |
Além das centrais, estão compondo a articulação movimentos sociais e estudantil, e pastorais da CNBB
Além das centrais, estão compondo a articulação movimentos sociais e estudantil, e pastorais da CNBB - Foto: Divulgação

Assim como aconteceu nas mobilizações do mês de maio, centrais sindicais e movimentos sociais se uniram novamente para construção da greve geral do dia 14. Em reunião realizada nesta terça-feira (4), na sede da Fecosul, em Porto Alegre (RS), dirigentes da CUT, CTB, UGT, Força Sindical, CSP-Conlutas, Intersindical, CGTB, CSB e Pública, além de representantes das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, do MST, do movimento estudantil e das pastorais sociais da CNBB traçaram planos de ação para o ato da próxima sexta-feira.

Ao enaltecer as manifestações ocorridas nos dias 15 e 30 de maio, o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, frisou a importância de se ampliar ainda mais a mobilização. Para ele, “as grandes manifestações em defesa da educação, promovidas nos dias 15 e 30 de maio, retomaram o protagonismo da juventude no cenário político e contribuíram para tirar a greve geral da clandestinidade. Agora, temos que ampliar a convocação para realizar um movimento organizado, forte e coeso para derrotar a proposta do Bolsonaro e preservar a aposentadoria do povo brasileiro”

O presidente da CTB-RS, Guiomar Vidor, também reforça a importância da mobilização para se estancar os avanços da política de regressão social ditada pelo governo Bolsonaro. "A adesão dos trabalhadores será grande, tendo em conta que estará em jogo o fim da aposentadoria dos brasileiros”, acredita.

Gabriela Silveira, representante da União Nacional dos Estudantes (UNE), e Jerusa Pena, representante da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), também reforçam a articulação da juventude na luta. “Quem foi às ruas nos dias 15 e 30 de maio pela educação, estará na greve geral do dia 14 contra a reforma da Previdência”, aponta Jerusa. “O desmonte da educação e da Previdência não são coisas separadas. Estamos à disposição para dialogar com a população, pois temos que seguir unidos na defesa do País”, finaliza Gabriela

Entre os encaminhamentos ficou acordado, distribuição de panfletos para divulgar a greve geral e mobilizar os trabalhadores; circulação de carros de som com veiculação de áudio chamando a greve geral; realização de assembleias dos sindicatos para aprovar a adesão à greve geral; montagem de bancas no centro de Porto Alegre para distribuição de panfletos. No próximo dia 12 haverá entrevista coletiva à imprensa, às 11h, na Fecosul.

* Com informações da CUT- RS e CTB-RS

Edição: Marcelo Ferreira