Rio Grande do Sul

Mobilidade Urbana

Prestes completar um mês de retomada de serviço, Trensurb diminui o intervalo entre viagens

Retomada da operação está sendo gradual e, das 22 estações, nove seguem sem funcionamento 

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Atualmente a circulação dos trens ocorre diariamente das 6h às 21h - Foto: Fabiana Reinholz

A partir desta segunda-feira (24), a Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb), no Rio Grande do Sul, está com viagens mais frequentes, com intervalos de 18 minutos entre as partidas dos trens. O funcionamento segue das 6h às 21h. A cobrança de passagem continua suspensa.

Devido às enchentes causadas pela crise climática que assolou o Rio Grande do Sul, a Trensurb, no dia 3 de maio suspendeu a circulação dos trens. Com o recuo das águas, a limpeza das estações e trilhos, a empresa retomou a operação parcial do metrô, em caráter emergencial, no dia 30 de maio. 

Mais de três mil passageiros foram transportados no primeiro dia de operação emergencial, intitulada Trilhos Humanitários. Nesta retomada, das 22 estações, 13 estão em funcionamento, compreendendo um trajeto de 26 quilômetros entre Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul, São Leopoldo e Novo Hamburgo. As primeiras viagens foram das 8h às 18h, em intervalos de 35 minutos, e com capacidade de transportar até 30 mil passageiros

Atualmente a circulação dos trens ocorre diariamente das 6h às 21h. Em seu funcionamento norma o horário é das 5h às 23h25.A questão do horário restrito tem gerado questionamento e reclamações por parte dos usuários. 

A empresa informa que a retomada da operação está sendo gradual e, à medida que for possível operar com as devidas condições de segurança em outras estações ou ampliar horários, isso será feito e será divulgado.

O funcionamento tem ocorrido da Estação Novo Hamburgo até a Estação Mathias Velho (Canoas). Os passageiros que precisam se deslocar até Porto Alegre são transportados em ônibus operados pela Metroplan da Estação Mathias Velho até o Centro Histórico da Capital, assim como no sentido contrário, com o valor da passagem de R$ 6,85. 

Pelas redes sociais, passageiros que dependem do transporte indagam pela ampliação das estações. Na ocasião da primeira viagem após retoma do serviço, o então presidente da empresa, Fernando Marroni, informou que da estação Mathias Velho até Farrapos a linha não sofreu muitos danos, contudo, não há energia para operar. “Duas das nossas subestações que são necessárias para fazer esse trajeto ficaram submersas, vai ser um longo processo para recuperação. Outro problema é da Farrapos até o Mercado, a linha foi completamente comprometida porque ela não pode ficar alagada, e ela tem barro, o que prejudica o intertravamento da brita, gerando instabilidade.”

De acordo com a empresa, as subestações Fátima e Farrapos, que ficaram completamente alagadas durante as enchentes, precisarão de novos equipamentos. Segundo o atual presidente da Trensurb, Ernani Fagundes, empregado da empresa desde 1985, a expectativa é de que em pelo menos 150 dias seja feita a reabertura das estações do trecho Farrapos a Canoas. 

Em média a empresa tem atendido mais de 35 mil  pessoas por dia, em operação normal atende cerca de 110 mil. 

Drenagem e limpeza de estações

Na segunda-feira (17), a Trensurb concluiu o esgotamento da água acumulada na estação rodoviária do metrô. Ao todo, 7 milhões de litros de água foram drenados.

Em seguida, teve início a etapa de limpeza na unidade, que ocorre simultaneamente nas estações Mercado [Público] e São Pedro.

A Trensurb prevê que, até o fim deste mês, seja concluída a etapa de limpeza das três estações, incluindo a retirada do lodo e lixo dos locais.

*Com informações da Agência Brasil.


Edição: Marcelo Ferreira