Rio Grande do Sul

ESPIRITUALIDADE

Lama faz palestra em Porto Alegre sobre meditação na abordagem budista para tempos atribulados

Evento com uma das professoras residentes do Templo Budista de Três Coroas foi adiado em função das tempestades no RS

Brasil de Fato | Porto Alegre |
“Por que meditar – uma abordagem budista para tempos atribulados” é o tema da palestra que será dada pela lama Sherab Drolma - Foto: Divulgação

Todos, em algum momento, já ouvimos ou falamos um “a vida não está fácil para ninguém”, “eu não dou conta”, “não aguento mais”. No entanto, o que podemos fazer com isso? Por onde podemos começar? Além de considerarmos as circunstâncias externas cujas resoluções nos escapam, há um fator importante que cabe somente a nós manejar: a nossa mente. E a meditação pode ser uma ferramenta muito útil se quisermos aproveitar esse potencial de mudança que está em nós.

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Porto Alegre vai receber a lama Sherab Drolma, uma das professoras residentes do Templo Budista de Três Coroas, o Khadro Ling, para a palestra “Por que meditar – uma abordagem budista para tempos atribulados”. A atividade seria realizada no no Yeshe Ling (Avenida Osvaldo Aranha 440, térreo), no dia 1º de maio, mas foi suspensa devido às fortes chuvas que se abateram sobre o RS. Uma nova data será anunciada em breve através das redes sociais do Yeshe Ling.

Nesta palestra, lama Sherab Drolma compartilhará alguns conselhos budistas sobre meditação, além de ensinar uma técnica conhecida como “shamata”, o calmo permanecer. Esta prática de meditação silenciosa é comum a todas as escolas do budismo e, apesar de ser uma técnica muito simples, traz benefícios indispensáveis para todos, budistas ou não: foco e flexibilidade para nossa mente.

Conforme lama Sherab, a meditação pode ser praticada por qualquer pessoa, mesmo aquelas que acham que não conseguem. “Meditar não implica em interromper os pensamentos; na verdade, meditar se aproxima do sentido de se autofamiliarizar com algo novo como, por exemplo, se familiarizar com uma perspectiva nova de entendimento das próprias experiências; outro sentido é cultivar algo, por exemplo, cultivar um estado de mente que seja pacífico ou de bem-aventurança, e torná-lo estável”, explica.

A lama afirma que a meditação pode ajudar em momentos de estresse e também contribuir para que a pessoa seja menos reativa. “Ao praticar a meditação você passa a conhecer a sua mente, isso significa conhecer as próprias tendências habituais de conceitos e de emoções. Assim, você sabe como a sua mente pode vir a responder às diversas situações positivas e negativas com as quais você se depara na sua vida. Esse conhecimento é muito importante, porque nos dá a chance de escolher como responder a essas situações. E a meditação faz com que você desenvolva estabilidade na sua mente e isso vem da qualidade da atenção constante.”

Em um mundo cheio de técnicas disponíveis na internet, a lama destaca a importância de aprender meditação com alguém com conhecimento e experiência na prática, para auxiliar e orientar a progressão. Segundo ela, “a meditação é como uma viagem interna e individual”. “Isso significa que você vai se deparar com aspectos positivos da sua mente - como memória de boas experiências, emoções agradáveis, boas experiências meditativas - e também que você vai se deparar com aspectos negativos da mente - como memória de experiências desagradáveis ou memórias difíceis, com emoções desagradáveis, experiências ruins podem surgir”, afirma.

Sobre a lama

Lama Sherab Drolma foi tradutora de S. Ema. Chagdud Tulku Rinpoche durante o período que ele residiu no Brasil. Também trabalhou como sua assistente pessoal e o ajudou na administração das atividades durante a construção do Chagdud Gonpa Khadro Ling. Foi ordenada lama por S. Ema. Chagdud Tulku Rinpoche em 2002. É uma das professoras residentes do Khadro Ling e viaja pelo Brasil dando suporte aos praticantes através de ensinamentos, aconselhamento espiritual e prática.


 
 

 

 

Edição: Marcelo Ferreira